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Risco

Se não me arrisco,

Não existo,

Sou apenas um rabisco,

Desenho bonito,

Mas inacabado,

Num papel esquecido

Usado e amassado.

Sentido

Prá que me serve a vida ?

Prá vivê-la e transcrevê-la em poesia.

Lótus

É lento o germinar,

Mas com o descuido do olhar

Surge a flor em seu desabrochar.

Por onde vagueia esse olhar,

Pousa onde a descansar?

 

De repente surge dentro  

De dentro do próprio olhar

O reflexo da flor

Que lá dentro sempre esteve

Viva e linda a brilhar.

Presença

Pela frente o incerto,

Para traz o deserto

Mais seguro que o aqui,

Somente o profundo aqui,

Visto com o olhar

do intenso e imenso agora.

Com o Fio

Se não confio,

No fio de que sou feita,

No que irei confiar

Vendo e vivendo

nesta teia perfeita ?

IN certo IN

Não me peça certezas,

pois isto não há nas profundezas.

Não me peça respostas,

Pois isto não há

Nem aqui  ou noutro lugar.

 

Não se alimente da ilusão

Pois é lá que mora a solidão.

 

Na incerteza reside a clareza

Com toda a certeza,

De que estamos juntos,

Em uma grande nação.

Inhotim

Era pra ser mesmo,

apenas meu quintal.

Minha casa por enquanto,

é de pedra e de metal.

Arte

Arte não se consome,

Sem pressa e com calma,

a arte lhe consome.

Mente

Meu limite,

é minha mente.

Mas a vida,

em semente,

me desmente.

Mente a vida sobre a mente.

Mente a mente sobre a vida.

Vida viva, em semente,

Nasce aos montes em minha mente.

Inpiração

As imagens que não vejo,

Pulam aos montes,

Surgem vivas,

Naquilo que escrevo.